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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

TU SABES



Quanto gostamos de Deus? Pouco, muito ou nada? Neste exato momento nosso saber plaina sem ter uma resposta sincera, uma resposta contundente, muito provavelmente vem apenas um simples “Eu adoro o Senhor!”.
Agora o quanto realmente você gosta de Deus, pare um momento e reflita... Pode parar até de ler um pouco e pense... “Quanto gosto de Deus?”.

Agora provavelmente você tem uma resposta um pouco mais concreta, mas lhe digo que essa resposta varia sempre com o momento em que você está vivendo. Se você saiu da confissão, então você acredita que ama muito a Deus, mas se você acabou de cometer um pecado mortal, então você não ama nada a Deus. Então como saber se você ama ou não? Quanto você gosta de Deus?
Esse dilema viveu nada mais, nada menos do que nosso primeiro papa, São Pedro. Quando estava reunido com os outros onze apóstolos junto com Jesus ele de peito aberto disse que morreria por Jesus, no qual O mesmo replica: “Ainda hoje, antes que o galo cante duas vezes, me negarás três vezes”. (Cf  Mc 27, 75).

E qual foi sua surpresa quando o mesmo apóstolo negou pela terceira vez seu mestre? Saiu e chorou amargamente (Cf. Mt 26, 75)
Nesse momento, Pedro descobriu que não amava Jesus com tanta intrepidez.
Então podemos concluir que o gostar depende do nosso estado de espírito? Logicamente que não, pois o gostar é apreciar o objeto do gosto, sendo esse objeto algo ou alguém. Se você admira uma coisa imutável como uma laranja, logo gostará sempre independente se você está triste ou alegre. Se você gosta de alguém e esse alguém não lhe fizer mal algum, logo continuará gostando dele quer você esteja doente ou sadio, bruto ou dócil.

Então eu pergunto novamente: Quanto você gosta de Deus? Pois você sabe agora mais que nunca que o gostar não depende de você e sim do objeto que lhe agrada, é algo racional que penetra no sentimental.

Jesus sabiamente dialoga com Pedro depois de sua ressureição...

Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Perguntou-lhe outra vez: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros.Perguntou-lhe pela terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas (João 21, 15-17)

Entendeu? Pedro foi taxativo ao dizer ((...) Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo (...)).
Vou tentar melhorar o entendimento, veja abaixo a mesma passagem em grego:

15. οτε ουν ηριστησαν λεγει τω σιμωνι πετρω ο ιησους σιμων ιωνα αγαπας με πλειον τουτων λεγει αυτω ναι κυριε συ οιδας οτι φιλω σε λεγει αυτω βοσκε τα αρνια μου.16. λεγει αυτω παλιν δευτερον σιμων ιωνα αγαπας με λεγει αυτω ναι κυριε συ οιδας οτι φιλω σε λεγει αυτω ποιμαινε τα προβατα μου.17. λεγει αυτω το τριτον σιμων ιωνα φιλεις με ελυπηθη ο πετρος οτι ειπεν αυτω το τριτον φιλεις με και ειπεν αυτω κυριε συ παντα οιδας συ γινωσκεις οτι φιλω σε λεγει αυτω ο ιησους βοσκε τα προβατα μου

Sim, eu sei que você passou batido, eu também passaria batido, mas de tudo quero mostrar um detalhe das palavras em destaque:
αγαπας : Amor Ágape, amor sem reservas, amor perfeito.
φιλω :Gostar de alguém, ter sentimentos apreciativos, gostar como um amigo.

Notaram a diferença? Jesus pergunta: “Pedro tu me amas?” No qual responde: “Sim Senhor, tu sabes que te gosto”.

Infelizmente a tradução para o português não alcança essa dimensão, mas para a tradução espanhola ela é mais concreta. Vejamos abaixo para termos uma melhor compreensão. Mesmo que você não entenda espanhol, é mais compreensível do que tentar ler em grego. Abaixo de cada versículo coloco a tradução literal do espanhol:

15.     Después de haber comido, dice Jesús a Simón Pedro: «Simón de Juan, ¿me amas más que éstos?» Le dice él: «Sí, Señor, tú sabes que te quiero.» Le dice Jesús: «Apacienta mis corderos.»
15.    Depois de haver comido, disse Jesus a Simão Pedro: « Simão de João, me amas mais que estes? » Lhe disse ele: «Sim, Senhor tu sabes que te quero. » Lhe disse Jesus: Apascenta meus cordeiros. »  
   
16.    Vuelve a decirle por segunda vez: «Simón de Juan, ¿me amas?» Le dice él: «Sí, Señor, tú sabes que te quiero.» Le dice Jesús: «Apacienta mis ovejas.»
16.    Voltou a dizer pela segunda vez: «Simão de João, me amas? » Lhe disse ele: « Sim, Senhor, tu sabes que te quero. » Lhe disse Jesus: «Apascenta minhas ovelhas».  
 
17.    Le dice por tercera vez: «Simón de Juan, ¿me quieres?» Se entristeció Pedro de que le preguntase por tercera vez: «¿Me quieres?» y le dijo: «Señor, tú lo sabes todo; tú sabes que te quiero.» Le dice Jesús: «Apacienta mis ovejas.
17. Lhe disse pela terceira vez: « Simão de João, me quer? » Se entristeceu Pedro, de que perguntasse por três vezes: « Me quer? » e lhe disse: «Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que te quero. » Lhe disse Jesus: Apascenta minhas ovelhas. »

Note que por duas vezes Jesus pergunta se Pedro tem um amor pleno por Ele e por duas vezes Pedro diz que gosta, diz que quer Jesus. Dá a entender que Jesus quer que Pedro diga: “Sim senhor, tu sabes que te amo.”. Mas Jesus sabia que não, sabia que Pedro ia dizer que não. Tanto Ele quanto Pedro lembravam muito bem o que se passou na última ceia. Agora Pedro está usando a razão no lugar do sentimento, identificou seu sentimento por Jesus e disse: “Gosto!”. E Jesus na terceira vez não pergunta se o ama, mas sim se gosta. Pedro fica triste, lógico, o que mais Jesus queria ouvir da boca de Pedro?


Tente imaginar Jesus lhe perguntando “Me amas mais que esses?” Por cada vez que tu pecou, cada vez que você disse uma blasfêmia, por cada vez que tu se voltou contra Jesus com seus pensamentos irrequietos e contrários a Ele. Você responderia com a razão ou deixaria que o sentimento tomasse conta novamente?

Convido-te a fazer esse exercício. Lembre de um pecado que você cometeu e, na lembrança dele pensas em Jesus dizendo a ti...”’Seu nome’ filho de ‘nome de seu pai ou sua mãe’ tu me amas?”

E responda se tu o amas, mas responda mesmo.

”’Seu nome’ filho de ‘nome de seu pai ou sua mãe’ tu me amas?”
”’Seu nome’ filho de ‘nome de seu pai ou sua mãe’ tu me amas?”
”’Seu nome’ filho de ‘nome de seu pai ou sua mãe’ tu me amas?”

Agora por fim faça esse último exercício colocando no lugar do ‘amas’ a sua resposta:

”’Seu nome’ filho de ‘nome de seu pai ou sua mãe’ tu me ‘sua resposta’?”

Deixe que Jesus entre no seu mundo, na sua forma de amá-Lo, na sua forma de gostar e espere que Ele termine a frase dizendo o que Ele quer de você. “Apascenta minhas ovelhas”, “Cuide de seus filhos”, “Guarde teu ministério”, “Abandone-se em mim”, apenas ouça...
Autor: Ronnam de Lima da Silva

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

QUANDO MEU CANTO ACABA

A Igreja nos ensina que devemos sempre fazer uma meditação sobre a morte, coisas como: Ver seu próprio velório, imaginar como seria seu julgamento em vista da sua conduta atual, etc. Essa maneira de meditação (método que faço por vezes e é muito bom) eleva nossa alma até Deus de uma maneira mais rápida do que orarmos em língua, pararmos para fazer qualquer tipo de oração utilizando os carismas do Espírito, sabe por quê? Porque esse método nos volta o olhar nossas misérias mais eficazmente, olhamos o quão pouco contribuímos para as obras de Deus e digo mais, o quão pouco nos tornamos imagem e semelhança de Deus. E quando deparamos nossos trabalhos com os trabalhos dos santos? Fica cada vez mais difícil ver-nos no céu com Deus.

Bom, deixando de lado toda filosofia relacionada à meditação sobre a morte, gostaria de propor a vocês outro tipo de meditação, muito semelhante à meditação já citada; essa meditação é desenvolvida para seu ministério.  

QUANDO MEU CANTO ACABA.

Quando Deus nos chamou, quando Deus nos conquistou por vezes tínhamos apenas uma das duas situações: “Já cantava/tocava ou não fazia ideia do que era cantar/tocar”.

 Porém Deus não se contentou somente em te conquistar com seu Amor, Ele queria mais, queria que você fizesse parte de seu Ministério de Música, unindo assim não somente o grupo de oração que você participa, mas todos os grupos de oração espalhados por todo o cosmo e unido também com os santos músicos que compõe nossa Igreja Triunfante e os seres celestiais que cantam a Deus 24h/dia por toda a eternidade. Essa é uma graça para poucos, um dom dado por Deus para poucos.

Em minha caminhada conheci uma pessoa, ela é muito querida e com sua postura de cristã e esposa sempre me fez acreditar que vale a pena ser católico, participamos no mesmo grupo de oração e o que mais me cativa é quando Deus a escolhe para profetizar na língua dos anjos, quanta docilidade, quanta unção e quão bela voz. Chego a acreditar que é um anjo cantando a Deus de tão bela voz que ouço, nunca vi nada igual e nem sequer parecido.

Agora vivemos alegres diante de Deus e dos homens, pois faço o que gosto e ainda sou capacitado por Deus, porém e se agora, neste exato momento você por algum motivo perdesse sua capacidade de exercer seu ministério?
Imagine você que canta para Deus perdendo sua voz porque sofreu um acidente e ficaria em tratamento por dois ou três anos no mínimo.

Imagine você que toca um instrumento sofresse um ataque de tendinite tão sério que seu braço, apenas um lhe deixasse incapaz de tocar seu instrumento, você não seria capaz de realizar sequer três minutos de ensaio.

Quão doloroso seria para você, quão sofrido seria para ti que sempre louvou a Deus por conta desse ministério. Nesse ponto você se pergunta: “Porque senhor?” No qual Ele mesmo responde: “... Eu faço nascer o sol sobre a cabeça dos bons e dos maus e faço chover sobre os justos e os injustos... (Cf. Mt 5, 45)” e você chega a conclusão de que você também mais cedo ou mais tarde poderia sofrer um acidente desse porte, pois afinal de contas você vive.

Agora imagine as pessoas falando de você: “Que pena, ela tinha a voz tão linda...”, “Que tragédia que foi acontecer com ele, tocava tão bem e era uma seta de Deus para nossa comunidade...”.
Sem pensar em uma tragédia, imagine seu ministério acabando simplesmente porque sua idade o obriga a isso. Como cantar com essa voz gasta? Como tocar se meus braços não obedecem na mesma velocidade de antes, afinal de contas nunca tive dinheiro o suficiente de fazer um ótimo curso e nunca fui tão aplicado assim nos exercícios para poder tocar, para poder cantar por isso agora já não posso mais exercer meu ministério.

Acabou! Não posso mais exercer meu ministério, o que farei?

É essa pergunta que você faz pra si e é essa pergunta que você coloca no coração de Deus.
Qual é a graça de ir ao grupo de oração se não posso fazer o que sempre fiz? Nesse momento muitos cristãos deixam de participar, sai da comunidade envergonhada, cabisbaixa e passa a ter uma sobrevida. Você conhece alguém assim na sua caminhada?
Se você perguntar ao Senhor o que Ele quer de você tenho a mais absoluta certeza que vai dizer: “não negues um benefício a quem precisa dele”, “não se afaste de ti a bondade e a fidelidade”, “partilha o teu pão com quem tem fome”. (Prov. 3,27; Prov. 3,3; Is. 58,7), pois todas essas ações não dependem seu ministério e sim sua intimidade com Deus. No final de tudo o que sobra é somente o Amor de Deus. (Cf. Mc. 13,31).

Com essa meditação simples, nosso amor a Deus vai deixando aos poucos de ser apoiado em nosso ministério e vai sendo configurado na amizade com Deus, na intimidade com Deus.

Mesmo sendo dado por Deus, nosso ministério é regida por homens e como tal nossa confiança não deve ser colocada nos homens. (Cf. Prov. 29,25).

Voltemos nosso olhar sempre para o Senhor, assim quando vier o momento de deixarmos de lado nosso canto, nossa confiança ficará somente no colo desse Senhor, pois se eu trabalho é para Cristo, a edificação de Sua Igreja e sua santificação.

Autor: Ronnam da Silva

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Meu Deus meu Ídolo

Olá! Como está você, sua vida, família, amigos...?
E o seu Deus? Como está o seu Deus?
Essas são perguntas que normalmente respondemos: “Estão bem, obrigado! Eu creio em Deus e minha vida está ótima por isso”.
Nem sempre fui assíduo nas atividades da Igreja, fui batizado na infância e comecei a participar de fato na Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo aos 16 anos de idade, mas teve um período em que me afastei (dos 24 – 28 anos). Quando estava no limiar dos 28 anos eu falava pra mim mesmo: “Se eu voltar para a Igreja não poderei fazer certas coisas, nem poderei me enganar voltando e continuando a fazer o que faço.” Eu tinha uma visão de vida diferenciada dos demais que me rodeavam, não sou especial e nem gênio, apenas diferente. Na época eu namorava e ela via isso em mim, via a vontade que tinha de voltar para a Igreja e via também que não voltava por ter que renunciar algumas atitudes, algumas posturas.

E chegou o grande dia, o dia que disse: “Basta! Não posso continuar assim”.  E fora nessa ideia que voltei, foi nessa renúncia que voltei para a Igreja com a certeza no coração que fiz a melhor coisa na minha vida.
Inicialmente foi difícil viver na Igreja na base da renúncia, mas aos poucos fui me acostumando até que chegou um dia em que tudo ficou tranquilo, tranquilo até demais.

Encerrado esse breve testemunho de minha pequena vida creio que você tenha se assemelhado em algum ponto do testemunho, seja na renúncia, na saída da Igreja, no retorno ou na tranquilidade. O que quero agora é a atenção especial na tranquilidade de estar com Deus.
Você faz algum trabalho na Igreja e se preocupa apenas com as necessidades do trabalho, trabalha para o sustento da casa e se preocupa apenas com o trabalho externo, estudos a mesma coisa, família e amigos idem, porém se você parar e excluir tudo isso posso acreditar que lhe virá uma paz aparente com a seguinte exclamação: “Que sensação boa”.

Pois é meu caro, tenho que lhe dizer isso, preciso muito abrir seus olhos atentando que você está adorando um ídolo e coloca o nome dele de Jesus, Espírito Santo, Santíssima Trindade, Deus Pai. Eis o teu deus, eis onde está depositado seu coração, morrerás assim se deleitando nesse deus ídolo.


Por um acaso você conhece a origem da palavra ídolo? Essa palavra é um derivado de duas palavras, a palavra simulacro que quer dizer cópia, reprodução imperfeita e a palavra aspecto, figura, ou seja, “cópia de uma figura”. Em grego essa junção significa εἴδωλον, εἶδος.
Muito falado antigamente pelo povo eleito por Deus, o próprio Senhor escreveu em tábuas de pedra e entregou a Moisés. Sendo mencionado no primeiro mandamento da lei que o povo liberto, com mão forte recebera eis o que diz: “Não farás para ti imagem de escultura representando o que quer que seja do que está em cima no céu, ou embaixo na terra, ou nas águas debaixo da terra.” (Deuteronômio 5, 8). Ora, o que é a imagem de escultura se não um simulacro? E como vimos o simulacro é um ídolo.

Esse é o nosso primeiro mandamento e é justamente nele que não estamos observamos quando criamos um ídolo em nosso coração.

Isso não é prática nova, ela é muito antiga e tinha outros nomes, como baal por exemplo.
•    Baal é uma palavra semítica, ou seja, própria do Oriente Médio utilizada pelos hebreus, assírios, entre outros.
•    Baal significa senhor, lorde, marido ou dono.

Era comumente utilizado para designar seus deuses de barro, ouro, entre outras. Eles olhavam a imagem e o adoravam achando que iriam ser salvo, liberto, curado. Para tanto tinham vários deuses como, por exemplo, o Baal-Adad que era o deus dos ventos para os acadianos. Acadianos era o povo da Acádia, cidade da baixa Mesopotâmia, próximo também da Babilônia, se existisse hoje seria a 50 km de Bagdá, capital do Iraque.

Na época em que a humanidade vivia como nômade, era de extrema importância criar uma imagem e adorá-lo como seu deus, por isso quando Deus apareceu a Moisés não deu um nome, o que lhe foi oferecido foi: “אני מי שאני” que significa “Eu sou aquele que estou” (Êxodo 3, 14) Um Deus que está em todo lugar, como esse Deus não tinha nome, logo não tinha aparência.

É muito complicado adorar um Deus sem nome e sem aparência para o ser humano, pois como posso amar aquele do qual não vejo? Como adorar um Deus que não se mostra visivelmente e nem tem nome, sendo que, a vida toda, o ser humano estava acostumado a criar uma imagem, adorar essa imagem e sempre que precisasse chamasse o nome dessa imagem para socorrê-lo tendo-o no seu quarto, na sua sala, nas praças, etc.?

Era sim um Deus diferenciado e para quem quiser saber mais dê uma lida no livro do Êxodo e entenderá o porquê é um Deus diferenciado.

Aparentemente para você hoje não existe mais isso, mesmo porque o que temos é uma multidão de cristãos, que adoram um só Deus em três pessoas distintas que damos o nome de Pai, Filho e Espírito Santo. De fato é real que existe um só Deus e é o mesmo Deus que apareceu para Moisés, o mesmo Deus que na plenitude dos tempos se apresentou por Jesus Cristo, que nos mostra mais duas pessoas, a do Pai e a do Espírito Santo, nosso Advogado. Porém é errado achar que todos esses cristãos adoram esse Deus que mencionei isso infelizmente não é verdade.

Para provar isso irei relatar a vida de algumas pessoas que marcaram a história da humanidade e principalmente da Igreja.
1.    Noé – Teve seu cotidiano interrompido por Deus, que lhe avisara intimamente que deveria construir uma Arca do qual teria que colocar os animais para sobreviver a um possível dilúvio. Sua fé fora provada.
2.    Abraão – Nome que significa “Pai de muitos” teve sua fé provada, saiu de sua comunidade a mando de um “Deus sem nome e de fisionomia desconhecida” para um lugar que foi prometido por esse mesmo Deus.
3.    Moisés – Poderia ter uma vida boa como egípcio tendo como mãe a filha do faraó, mas Deus lhe reservou outra coisa, a libertação do povo escolhido da escravidão. Sua fé foi provada primeiramente para renunciar sua vida tranquila ao lado da filha do faraó. Depois teve sua vida provada novamente para renunciar sua vida de casado ao lado de sua nova família para morrer no deserto guiando e pastoreando o povo de Deus para a terra prometida.
4.    Davi – o mais novo dos irmãos fora consagrado rei e desde então sua vida fora provada para sempre fazer um “algo a mais” para Deus.
5.    Simão Pedro – Sua vida de conversão foi de pescador de peixes a pescador de homens, a quem abre e fecha as portas do céu em seus desígnios.
6.    Paulo de Tarso – Judeu doutor da Lei foi brutalmente interrompido diante de uma grande luz e escutou a voz de Jesus. Depois disso sua fé foi constantemente provada por açoites, prisões e no fim a degola, mas sempre e em todo momento ele testemunhou Jesus Cristo como Deus e Senhor.
7.    Estevão viva uma vida tranquila dentro da cultura grega. Teve que mudar seus conceitos tornando-se cristão e depois como diácono proclamou a fé em Jesus Cristo sendo condenado ao apedrejamento pelos Judeus por blasfêmia. Qual era a blasfêmia? Proclamar Jesus como Deus.
8.    Mônica – teve uma vida tranquila até ter um filho de nome Agostinho, louvando e adorando a Deus, passou trinta anos de sua vida a orar pedindo a esse mesmo Deus que concedesse ao seu filho a conversão a Cristo Jesus.
9.    Agostinho – Passou trinta anos de sua vida procurando algo maior que ele, dentro de uma grande crise pessoal abandonou-se no cristianismo a pedido de sua mãe Mônica e ao exemplo de Atanásio de Alexandria e de Antônio do Deserto (Antão do Deserto).
10.    Atanásio de Alexandria - É dele que vem a seguinte frase “Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica. Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda a eternidade”. Só para salientar não se sabe o ano de seu nascimento, mas sua morte está relatada como que a dois de maio de 373.
11.    António do Deserto – Largou tudo que tinha, distribuiu aos pobres e foi viver no deserto como eremita procurando viver no mais alto grau tudo o que é ensinado no Evangelho de Jesus Cristo. Esse foi tentado pelo diabo, combateu as heresias, ajudou os cristãos perseguidos da época, realizou diversos milagres e era considerado santo em vida.
12.    Joana d’Arc – De camponesa, modesta e analfabeta se tornou a libertadora da França.
13.    Tereza de Ávila – Desde sua infância venerava a vida dos santos da Igreja e desde sempre entregou sua vida a Jesus Cristo.
14.    João Paulo II – Filho de militar em plena crise militar se afeiçoou ao teatro e foi até jogador de futebol em time amador, mas foi moldando sua vida ao de Jesus Cristo, tornando-se assim sacerdote, bispo e depois arcebispo de Cracóvia e posteriormente a Cardeal. No conclave de dezesseis de outubro de 1978 com o lema “TOTVS TVVS” (todo teu), como sucessor de Pedro defendeu a paz de Jesus no mundo e convertendo uma multidão de jovens ao cristianismo e a fé católica.

Poderia citar tantos outros como Madre Tereza de Calcutá, João da Cruz, José de Anchieta, Antônio de Santana Galvão, entre centenas de outros. Todos eles santos!

Então, depois de tanto escrever eu pergunto: Algum deles criou um ídolo em seu coração? Fez alguma imagem palpável desse Deus?

Com certeza não! Eles não se satisfizeram em criar um Jesus que coubesse em seus corações, mesmo com medo, com sono, com frio, calor, no analfabetismo, de dia ou de noite eles deixaram os corações deles serem moldados por Jesus. E o que acontece quando deixo Jesus amoldar o coração?

Acontece que você entra no mesmo questionamento do início do texto: “Se eu voltar para a Igreja não poderei fazer certas coisas, nem poderei me enganar voltando e continuando a fazer o que faço.” Só que agora não é mais “voltar para a Igreja” e o “fazer” e questão já não é mais o que fazia antes. Você sempre terá pontos na vida em que você irá se perguntar, sempre terá alguma posição onde seu coração ficará irrequieto. Então meu irmão, deixa de vacilação e não se conforme com esse deus que está aí a deixar seu coração tranquilo.

Autor: Ronnam de Lima da Silva

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Depois de uma longas férias

Olá povo de Deus!

Publicar textos não é algo fácil, ainda mais dentro desta proposta de blog, um tema de espiritualidade que caiba dentro dos conceitos de S. Tereza, que se familiarize com a doutrina Católica.

Realmente não é fácil, mas eu gosto e aprendo muito com isso. Conversando com amigos, quando falam de seus problemas e/ou das situações que passaram eu vou lembrando de alguns textos que escrevi e acabo recomendando também a leitura.

Mas agora vou mudar de estratégia. Para não perder o carisma passei utilizar um outro blog (http://gritacristao.blogspot.com) com postagens do personagem (Cristão que Grita). Lá tem vários assuntos que gritam por uma atitude cristã.

Esse blog continuará com os textos mais espirituais, visto que tem pessoas cobrando esses textos, modestos e úteis. Já até escreví alguns que não postei, logo vocês poderão visualizar também.

Para esse blog enviarei atualizações semanais de textos dentro dessa estrutura "que tocam o coração".

Para agora fica meu grande abraço e até a semana que vem!

Ronnam de Lima da Silva - Criador do blog.

PS: Enquanto não aparece as postagens semanais vai curtindo o blog GRITA CRISTÃO