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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Conta e Tempo




Deus pede estrita conta do meu tempo
E eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta.
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado, e não fiz conta;
Não quis, sobrando tempo, fazer conta.
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.
Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!

Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,
Quando o tempo chegar, de prestar conta
Chorarão, como eu, o não ter tempo..."

(Autor: Frei Antônio das Chagas, Séc. XVII)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE O PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA DE 2010

A justiça de Deus está manifestada
mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3, 21–22 )


Queridos irmãos e irmãs,

todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja convida-nos a uma revisão sincera da nossa vida á luz dos ensinamentos evangélicos . Este ano desejaria propor-vos algumas reflexões sobre o tema vasto da justiça, partindo da afirmação Paulina: A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3,21 – 22 ).

Justiça: “dare cuique suum”

Detenho-me em primeiro lugar sobre o significado da palavra “justiça” que na linguagem comum implica “dar a cada um o que é seu – dare cuique suum”, segundo a conhecida expressão de Ulpiano, jurista romana do século III. Porém, na realidade, tal definição clássica não precisa em que é que consiste aquele “suo” que se deve assegurar a cada um. Aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais intimo que lhe pode ser concedido somente gratuitamente: poderíamos dizer que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o criado á sua imagem e semelhança. São certamente úteis e necessários os bens materiais – no fim de contas o próprio Jesus se preocupou com a cura dos doentes, em matar a fome das multidões que o seguiam e certamente condena a indiferença que também hoje condena centenas de milhões de seres humanos á morte por falta de alimentos, de água e de medicamentos - , mas a justiça distributiva não restitui ao ser humano todo o “suo” que lhe é devido. Como e mais do que o pão ele de facto precisa de Deus. Nora Santo Agostinho: se “ a justiça é a virtude que distribui a cada um o que é seu…não é justiça do homem aquela que subtrai o homem ao verdadeiro Deus” (De civitate Dei, XIX, 21).

De onde vem a injustiça?

O evangelista Marcos refere as seguintes palavras de Jesus, que se inserem no debate de então acerca do que é puro e impuro: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. Porque é do interior do coração dos homens, que saem os maus pensamentos” (Mc 7,14-15.20-21). Para além da questão imediata relativo ao alimento, podemos entrever nas reacções dos fariseus uma tentação permanente do homem: individuar a origem do mal numa causa exterior. Muitas das ideologias modernas, a bem ver, têm este pressuposto: visto que a injustiça vem “de fora”, para que reine a justiça é suficiente remover as causas externas que impedem a sua actuação: Esta maneira de pensar - admoesta Jesus – é ingénua e míope. A injustiça, fruto do mal , não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal. Reconhece-o com amargura o Salmista:”Eis que eu nasci na culpa, e a minha mãe concebeu-se no pecado” (Sl. 51,7). Sim, o homem torna-se frágil por um impulso profundo, que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto por natureza ao fluxo livre da partilha, adverte dentro de si uma força de gravidade estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra os outros: é o egoísmo, consequência do pecado original. Adão e Eva, seduzidos pela mentira de Satanás, pegando no fruto misterioso contra a vontade divina, substituíram á lógica de confiar no Amor aquela da suspeita e da competição ; á lógica do receber, da espera confiante do Outro, aquela ansiosa do agarrar, do fazer sozinho (cfr Gn 3,1-6) experimentando como resultado uma sensação de inquietação e de incerteza. Como pode o homem libertar-se deste impulso egoísta e abrir-se ao amor?

Justiça e Sedaqah

No coração da sabedoria de Israel encontramos um laço profundo entre fé em Deus que “levanta do pó o indigente (Sl 113,7) e justiça em relação ao próximo. A própria palavra com a qual em hebraico se indica a virtude da justiça, sedaqah, exprime-o bem. De facto sedaqah significa, dum lado a aceitação plena da vontade do Deus de Israel; do outro, equidade em relação ao próximo (cfr Ex 29,12-17), de maneira especial ao pobre, ao estrangeiro, ao órfão e á viúva ( cfr Dt 10,18-19). Mas os dois significados estão ligados, porque o dar ao pobre, para o israelita nada mais é senão a retribuição que se deve a Deus, que teve piedade da miséria do seu povo. Não é por acaso que o dom das tábuas da Lei a Moisés, no monte Sinai, se verifica depois da passagem do Mar Vermelho. Isto é, a escuta da Lei , pressupõe a fé no Deus que foi o primeiro a ouvir o lamento do seu povo e desceu para o libertar do poder do Egipto (cfr Ex s,8). Deus está atento ao grito do pobre e em resposta pede para ser ouvido: pede justiça para o pobre ( cfr.Ecli 4,4-5.8-9), o estrangeiro ( cfr Ex 22,20), o escravo ( cfr Dt 15,12-18). Para entrar na justiça é portanto necessário sair daquela ilusão de auto – suficiência , daquele estado profundo de fecho, que á a própria origem da injustiça. Por outras palavras, é necessário um “êxodo” mais profundo do que aquele que Deus efectuou com Moisés, uma libertação do coração, que a palavra da Lei, sozinha, é impotente a realizar. Existe portanto para o homem esperança de justiça?

Cristo, justiça de Deus

O anuncio cristão responde positivamente á sede de justiça do homem, como afirma o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos: “ Mas agora, é sem a lei que está manifestada a justiça de Deus… mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os crentes. De facto não há distinção, porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, por meio da redenção que se realiza em Jesus Cristo, que Deus apresentou como vitima de propiciação pelo Seu próprio sangue, mediante a fé” (3,21-25)

Qual é portanto a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros. O facto de que a “expiação” se verifique no “sangue” de Jesus significa que não são os sacrifícios do homem a libertá-lo do peso das suas culpas, mas o gesto do amor de Deus que se abre até ao extremo, até fazer passar em si “ a maldição” que toca ao homem, para lhe transmitir em troca a “bênção” que toca a Deus (cfr Gal 3,13-14). Mas isto levanta imediatamente uma objecção: que justiça existe lá onde o justo morre pelo culpado e o culpado recebe em troca a bênção que toca ao justo? Desta maneira cada um não recebe o contrário do que é “seu”? Na realidade, aqui manifesta-se a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana. Deus pagou por nós no seu Filho o preço do resgate, um preço verdadeiramente exorbitante. Perante a justiça da Cruz o homem pode revoltar-se, porque ele põe em evidencia que o homem não é um ser autárquico , mas precisa de um Outro para ser plenamente si mesmo. Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade.

Compreende-se então como a fé não é um facto natural, cómodo, obvio: é necessário humildade para aceitar que se precisa que um Outro me liberte do “meu”, para me dar gratuitamente o “seu”. Isto acontece particularmente nos sacramentos da Penitencia e da Eucaristia. Graças á acção de Cristo, nós podemos entrar na justiça “ maior”, que é aquela do amor ( cfr Rom 13,8-10), a justiça de quem se sente em todo o caso sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar.

Precisamente fortalecido por esta experiencia, o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor.

Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma culmina no Tríduo Pascal, no qual também este ano celebraremos a justiça divina, que é plenitude de caridade, de dom, de salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autentica conversão e de conhecimento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça. Com estes sentimentos, a todos concedo de coração, a Bênção Apostólica.

Vaticano, 30 de Outubro de 2009

BENEDICTUS PP. XVI

© Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

FIDELIDADE = CASTIDADE = AMOR

A caridade é a forma de todas as virtude. Influenciada por ela, a castidade aparece como uma escola de doação da pessoa. O domínio de si mesmo está ordenado para a doação de si mesmo. A castidade leva aquele que pratica a tornar-se para o próximo uma testemunha da fidelidade e da ternura de Deus. (CIC 2346)

Que belo e bem ordenado são os mandamentos da lei de Deus e quero expor algumas considerações que considero ótimas para a vida de um cristão.

Lendo o texto acima encontramos de cara um caminho simples para vivermos castos e obedecermos o sexto mandamento “Não Pecar Contra a Castidade” que é a (Caridade).

É um caso sério e que as comunidades deveriam abordar sempre que necessário e de uma forma bem envolvente para que a educação e a canalização de uma sexualidade seja feita de forma correta e digna.

O sexto mandamento da lei de Deus implica em pensarmos em outras leis tais como:
      5º Não matar;
      9ª Não cobiçar a mulher do próximo.

Para tratar desse assunto irei abordar dois tipos de castidade:
      Castidade do casado
      Castidade do solteiro

Castidade do Casado

Encontramos muitos casais com as relações deturpadas religiosamente falando pois muitos desses casais não se honram, valorizam e até mesmo não são mais merecedores de confiança de um para com o outro.


(Veja on line Edição 1 734 - 16 de janeiro de 2002 )


Foto: Oscar Cabral

"Acho que ninguém deve reprimir seus desejos sexuais. Nem mesmo se estiver casado. Você acaba jogando a culpa no outro, é muito pior. Traí, fui traída e acho que isso faz parte do casamento. Quem disse que só se pode amar um só? Quem disse isso? Eu não acredito nisso. Não temos espaço físico no coração. Cada um tem de ter seus segredos. Ninguém agüenta a verdade o tempo todo. Não estou fazendo apologia da mentira. Mas acho que muitas vezes ela é necessária."
Cynthia Dorneles, 42 anos, antropóloga carioca
(Veja on line Edição 1 734 - 16 de janeiro de 2002 )

O comentário da entrevistada pela veja demonstra o pensamento de muitas pessoas e infelizmente muitos cristãos “atenuando que não sei qual a religião da mesma”. Em conversas de grupo acabamos ouvindo muitos comentários do gênero e o “bode expiatório” é a intolerância do marido para com sua esposa e vice e versa.

Caríssimos encontramos espalhados pelo mundo afora casa de shows eróticos, milhares de filmes pornográficos, ensaios e mais ensaios fotográficos do gênero, voyerismos (prática de obter prazer sexual pela observação de outras pessoas), casas de swings (locais onde casais procuram prazer com outros parceiros), etc. Tudo feito para que a pessoa encontre prazer sexual, todo esse mercado marcado pela desobediência do sexto mandamento.

O porque de muitos casais se submeterem a essas práticas é a deficiência de um bom ensino e da observância da lei enquanto são adolescentes, pois seus pais também não tiveram uma boa educação na área ou o que é pior, aprenderam e não deram a mínima.

Para que um casal possa viver feliz é necessário viver fielmente sua vida, o homem sendo a cabeça da família e sua esposa o corpo da mesma forma como Cristo é a cabeça da Igreja e a Igreja seu corpo místico.

Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,
para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível.
Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja porque somos membros de seu corpo. Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne (Gn 2,24). Este mistério é grande, quero dizer, com referência a Cristo e à Igreja. Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido. (Cf. Ef 5, 25-33).


A infidelidade não é uma prática nova e o problema é justamente esse. Por ser uma prática antiga em alguns lugares é até permitido, como por exemplo a poligamia(homem possui muitos matrimônios) e a poliandria (mulher casada com muitos homens) causa a extrema deturpação dos ensinamentos cristão em sua juventude “vide (Castidade de solteiro)”.
Como comentado o sexto mandamento implica na observância do 5º e do 9º mandamento que neste ponto escreverei sobre o 9º – Não cobiçar a mulher do próximo.

Quando uma pessoa solteira sai com uma pessoa casada faz com que a casada peque pelo 6º mandamento enquanto a solteira peca contra o 9º, para ambos o erro é puramente egoísta não se importando em enganar para obter prazer próprio, uma pessoa viu na outra apenas o corpo.
Tem pessoas que ficam um bom período tentando conquistar uma pessoa casada para satisfazer apenas seus apetites sexuais.
Encontramos pessoas casadas que não se satisfazem apenas com seu cônjuge procurando em outras pessoas solteiras e casadas para atenderem seus anseios pecaminosos e egoístas onde os frutos dessa doença espiritual é a depressão, a mentira entre outras.
Tudo isso na vida de um casal faz com que a vida a dois se rompa, contradizendo o que Cristo disse no Evangelho de São Mateus 5, 31-32:
Foi também dito: Todo aquele que rejeitar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
Eu, porém, vos digo: todo aquele que rejeita sua mulher, a faz tornar-se adúltera, a não ser que se trate de matrimônio falso; e todo aquele que desposa uma mulher rejeitada comete um adultério.


Todos esses casos tem um nome: Adultério!

Mas como uma pessoa que vive em adultério e quer se reconciliar com Deus pode fazer?
Procure uma secretaria da comunidade mais próxima de sua casa e se informe da pastoral da segunda união. Cada caso um caso, mas a passagem acima diz tudo.

Mas o mais importante é se você entrou em um relacionamento pensando em desistir em seguida ou em até um tempo para “testar” o relacionamento você homem e você mulher estão muito enganados. O casamento é a união do casal com Deus. “No dia da meu casamento, vi, que quando eu e o meu marido recebemos a Sagrada Eucaristia, já não éramos dois, mas sim três! Nós dois e Jesus! Porque, de imediato, quando comungamos Jesus, Ele nos une como um só! Coloca-nos no Seu coração e passamos a ser um só, formamos com Jesus uma Trindade Santa! Não separe o homem o que Deus uniu!” (Polo, Gloria – O Livro da vida! Da Ilusão à Verdade – Gráfica e Editora América Ltda. - Goiania 2009). O matrimônio está sacramentado em vocês, agora cuidem desse relacionamento pedindo sempre a Deus que os ajudem nessa caminhada, nessa luta diária, procurando sempre se entenderem e acima de tudo sempre rezarem juntos.
Peça a Deus que, vocês sejam realmente fieis na alegria e na tristeza, na saúde e na doença todos os santos dias de suas vidas, enquanto vocês estiverem vivos sempre haverá a oportunidade de desfrutar da misericórdia de Deus.

Castidade do Solteiro

Para a castidade do solteiro eu quero começar dizendo o que eu partilhei com um amigo meu: “Devemos formar nossas crianças sobre a castidade e a fidelidade.” É até estranho ensinar uma coisa em que ainda não aflorou nas crianças mas podemos agir estrategicamente:
Você pai, você mãe não vai falar para o seu filho que eles vieram da cegonha, pois assim toda a vida deles serão marcados por uma mentira, em vez disso vocês poderiam dizer para elas que ela é o fruto do amor dos dois, poderiam dizer que através desse amor a criança começou a crescer dentro da mãe.

Passando para adolescência é a hora em que eles descobrem um pouco mais sobre o sexo, a vida sexual. Não deixe que esse momento passe da vida de vocês que são pais sem dar a mínima atenção, muito pelo contrário! Este é o momento em que os filhos estão mais preocupados com que os amigos dizem do que o próprio pai, mas muitas vezes o que os amiguinhos estão dizendo são frutos da própria imaginação, de uma conversa absurda com alguém mais velho, sites da internet, revistas, etc. Mas porque eles não recorrem aos pais? Porque parecem-lhes vergonhoso, pois se trata de partes do nosso corpo que tratamos com muito pudor. Aí entra a intromissão dos pais, puxar a criança de lado e dar continuidade à explicação dada na infância. Faça-se amigos dos seu filhos, não deixem que o mundo ensine aquilo que Deus confiou a vocês à fazerem.
Não digam para seus filhos que sexo é somente pênis e vagina, digam a eles que o processo da qual isso acontece, como acontece e quando acontece, mesmo se você e/ou seu cônjuge não tenham casado virgens ou até mesmo casto, não mintam, assumam essa responsabilidade.
Quando seu filho começar a falar em namoradinha ou sua filha falar do namoradinho fale para ele ou ela que existem limites, que menina é para namorar menino e menino com menina, nunca pode ocorrer sexo no namoro, que no namoro é para o conhecimento dos dois e o mais importante: que enquanto estiverem namorando é para rezarem e serem fiéis um com outro não arrumando outros namoradinhos. Sabemos que a grande maioria dos namoros de adolescentes não vão muito adiante, mas para os adolescentes a impressão é que vai ser pra toda a vida. Com isso o adolescente vai aprendendo as primeiras noções de um casal fiel e temente a Deus.

Chame o namoradinho da sua filhinha para visitar a casa de vocês. Você pai não se mostre o machão, o cara que guarda sua filha, mas chame-o para ser seu amigo mostrando que você já foi adolescente, mostrando que a relação que sua filha tem é primeiramente uma relação com Deus e que somente aceitará a proposta de namoro se os dois concordarem em rezar. Oração individual, oração em casal e oração em família.

Chame a namoradinha do seu filho explique a ela que seu filho é uma pessoa que respeita os pais e tem uma responsabilidade dentro de casa, um compromisso com ele, com os pais, com Deus e que agora o terá com ela. Não chame seu filho de “gostosão”, “garanhão”, mas mostre a ele que a responsabilidade dele é de ser fiel com ela e vai educá-lo a sempre rezar pela vida dos dois.

Digo-vos isso para que tenham uma idéia de como pode ser as coisas. Enquanto os filhos forem adolescentes, os pais ainda tem total autonomia sobre eles e podem muito bem obrigá-los a fazerem certas coisas como modo de ensiná-los, podem até chamar os pais dos namorados para um evento em família.

É dever dos pais ensinar os filhos acerca da masturbação. O porque da existência e os males que podem causar na vida. O adolescente que já descobriu a natureza da masturbação não deve mais fazê-lo. O ato de “se tocar” é natural nessa idade, mas é bom observar seus filhos nos banhos, com cautela e sabedoria e sempre ensiná-los sobre a castidade e a necessidade de viver. "Dando a vida, os pais cooperam com o poder criador de Deus e recebem o dom de uma nova responsabilidade: a responsabilidade não só de alimentar e satisfazer as necessidades materiais e culturais dos seus filhos, mas sobretudo de lhes transmitir a verdade da fé vivida e de os educar no amor de Deus e do próximo. Tal é o seu primeiro dever no seio da « igreja doméstica ».4" (Conselho Pontifício Para a Família – Sexualidade Humana: Verdade e Significado – Introdução, 13ºp.ss)

Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes e a palavra de Deus permanece em vós, e vencestes o Maligno. (Cf. 1ºJo 2, 14b)


Sabendo de sua sexualidade o jovem deve entender que a castidade não é um castigo mas sim um fruto do amor de Deus cultivada pela prudência, caridade e temor a Deus que leva a vida do jovem com mais força de vontade de viver. Infelizmente esse cultivo não existe e sim um vazio da necessidade de aprender sobre o assunto cheios de informações vazias e que conduzem ao sexo desordenado.
Jovens e solteiros em geral, vivam na castidade que é fruto do amor de Deus, não deixem que a mídia, as vestimentas sensuais do mundo apaguem a luz que habita em vocês por conta da castidade.
Confesso a vocês que fiquei 24 anos da minha vida vivendo na castidade e infelizmente deixei-me levar pelas paixões e criei em mim uma ferida que jamais se apagará. Agora é uma responsabilidade que tenho que assumir pelo resto da minha vida. Mesmo que Deus venha reconstituir minha virgindade porque para Ele tudo é possível, minha mente ainda ficaria manchada com os momentos pecaminosos existentes.

Para o solteiro e o homossexual a mensagem é a mesma: Vivei na castidade.

Rezem muito, peçam muito o auxílio da Santíssima Virgem que os auxiliem nessa empreitada que, muito suave é quando não se está namorando ou está noivo.

Jovens namorados e/ou noivos:

A mensagem da castidade é a mesma que quando estão solteiros, apenas com a particularidade de se respeitarem. Se mantiverem o respeito um com o outro, se respeitarem seus corpos e obedecerem a Deus, quando casarem verão com certeza os prêmios de tal paciência e temor a Deus.

Muita conversa, oração e vivência em comunidade.

O casal que não reza não prospera.

Noivos e namorados vivam na fidelidade e na sinceridade entre vocês, pois o que são neste estágio o serão muito mais quando casados. Quanto mais praticares a obediência a Deus nessa fase da vida muito mais o fará quando estiverem casados.

Temos também os viúvos, e digo o mesmo que São Paulo disse em sua carta aos Coríntios “A mulher está ligada ao marido enquanto ele viver. Mas, se morrer o marido, ela fica livre e poderá casar-se com quem quiser, contanto que seja no Senhor. Digo isto para vosso proveito, não para vos estender um laço, mas para vos ensinar o que melhor convém, o que vos poderá unir ao Senhor sem partilha. (Cf. I Cor 7, 34-35)”

Observância do 5º mandamento: “Não matar!”

Mas o que isso tem com a observância do 6º mandamento da lei de Deus?

Quando se usa preservativos, anticoncepcionais, pílulas do dia seguinte, aborto e todo o mais que, artificialmente, faz com que seja bloqueado a vinda de uma nova vida é considerado pecado contra o 5º mandamento.
Casados ou não, com suas esposas ou não. Não é permitido qualquer abuso que destrua uma nova vida.

Para concluir:

Não quero escrever um tratado ou coisa do tipo, até reconheço que o texto é longo para os padrões de textos que divulguei anteriormente, mas é que certas coisas é até difícil separar em partes.
Comentem entre vocês, no blog. Divulguem se gostaram. Se não gostaram questionem, mas o mais importante: Rezem muito por mim para que eu possa sempre fazer a vontade de Deus.

Que a Paz do Senhor e o amor de Maria estejam sempre conosco.

Até a próxima postagem!